sábado, 6 de fevereiro de 2010

RESENHA DO CAPITULO (CIDADANIA CORPORATIVA) LIVRO GESTÃO SOCIOAMBIENTAL

No capítulo em questão o autor enfoca a preocupação das organizações com a gestão socioambiental que tem, cada vez mais, despertado o interesse e o debate em meios empresariais, enfoca ainda a eficácia ambiental e social das organizações, cita nomes de empresas multinacionais forte na efetividade das suas ações e o alinhamento de seus propósitos com os da sociedade ambiental e revisado seus valores e modificando finalidades empresariais, táticas e exemplo de gestão.

O autor cita que a responsabilidade socioambiental passa a ser encarada como uma necessidade de sobrevivência, levando empresas à adoção de uma estratégia diferente da anterior, marcada agora por um comportamento ético-ambiental.

Apresenta o grupo Wall Mart como umas das organizações com maior enfoque na gestão socioambiental e pioneira em todo mundo em promover a proteção dos recursos naturais, porém destaca que toda companhia tem um cunho de interesse financeiro e promoção da sua imagem frente ao público.

Enfoca também a preocupação com a questão ambiental, nos Estados Unidos e Europa existe diversos produtos industrializados que possuem um perfil de processamento, durante toda a sua cadeia de produção, que enfatiza a preocupação com as conseqüências sobre o meio ambiente e se utilizam deste argumento como estratégia de diferenciação do produto. É muito comum encontrar nas gôndolas de supermercados americanos e, sobretudo europeus, produtos de limpeza, higiene pessoal e alimentos industrializados ou in natura que ostentam selos de certificação que atestam serem eles ambientalmente seguros e menos agressivos ao meio ambiente.

No decorrer do capítulo destaca diversas empresas e sua ações em prol das suas estratégias de cidadania corporativa como: Alpargatas (fabricante Havaianas) que define responsabilidade social como algo imprescindível para sua sustentabilidade no mercado. Arcelor que trabalha com a valorização de cada colaborador e criando forte interação com fornecedores diversos. O Banco Real, preocupa-se tanto com a sustentabilidade que reformulou seus produtos e hoje é considerada uma das melhores empresas para trabalhar além da proposta em atitudes ambientais e sociais. O Boticário tem diversos projetos em todo país relacionados com resultados válidos na preservação ambiental. O Carrefour mantém um comitê com todos os membros da organização envolvidos na área socioambiental daquela organização.

Descreve uma breve analogia entre balanço social e as práticas de responsabilidade social, propondo novas metodologias para se saber os destinos dos recursos no resultado final do balanço contábil.

No capítulo focado, insere grandes empresas formam grupos com esforços para orientar e dá metodologia para melhorar os relatórios socioambiental e torná-los como parâmetros para outras.

Ainda são poucas as organizações que registram no seu balanço contábil atividades sociais, futuramente isto deve ser algo natural colocar toda atividade socioambiental, mesmo assim as empresas devem preocupar-se com dados extremamente verídicos e ainda elaborar relatórios claros de forma que todos consigam compreendê-los.

Focaliza, embora que apesar do forte crescimento da cidadania corporativa, a literatura já registra casos de fraudes em relatórios sociais, colaboradores de grandes empresas recebiam valores estupendos vencimentos em relação aos demais colaboradores sem função gerencial.

A governança corporativa leva a organização a boas praticas e fomento da relação com stakeholders e shareholders, este tipo de relação cresce no Brasil já a partir de 1999 e já desenvolveu-se significantemente no país, nos Estados Unidos, precursor deste tipo de gestão a mesma surgiu em 1980 naquele país.

Insere dados de pesquisas, fortalecendo seus argumentos que segundo estudos 80% acionista investiriam em organizações que praticam cidadania corporativa, Já é uma tendência mundial, grandes investidores optarem por organizações sustentáveis e no Brasil começa uma nova revolução neste viés.

Nos dias atuais o maior desafio da cidadania corporativa é manter regras, pois a empresa precisa alterar a forma de comercialização e política de processos ai entra o gargalo nas empresas brasileiras, já que as mesmas são em sua maioria familiares ou pequenas empresas.

Destaca ainda, as maiores empresas brasileiras se uniram num pool de empresas onde a BOVESPA e a principal gestora em mensurar os níveis ao qual as empresas estão classificadas, isto permite visualizar o desenvolvimento do país em gestão de cidadania corporativa.

Em anexo do capítulo o autor traz um estudo de caso da Celulose do Brasil demonstrando as principais estratégias socioambiental, resultando em vantagens competitivas, insere ainda os cenários e conjuntura florestais, a empresa adota ainda uma gestão inovadora com pessoas e investe na educação ambiental.

Trata-se, portanto, para o mundo acadêmico como para os envolvidos em organizações. Além de atraentes, as teorias apresentados pelo autor propiciam perspectiva interessantes para o desenvolvimento da cidadania corporativa em nossa realidade.

Este capítulo representa significativa contribuição para a compreensão do fenômeno da Gestão Socioambiental, no momento em que habilidades de sustentabilidade são necessárias para a busca da qualidade e sucesso.


Avaliado por Cleiton dos Santos, Bacharel em Administração de Empresas e Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Comunicação e Negócios, pela Unidade de Ensino Superior de Feira de Santana – UNEF


REFERÊNCIAS:

Gestão socioambiental: estratégias na nova era da sustentabilidade de Takesshy Tachizawa e Rui Otávio Bernardes de Andrade - Rio de janeiro: Elsevier, 2008.



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